Melhores e piores leituras de 2019

Érico Assis

Ed Brubaker e Sean Phillips - Bad Weekend

 

Melhores Novelinhas Que Você Acha Que Vão Durar O Resto da Sua Vida Mas Aí Elas Foram Embora e Ficou O Vazio

Unbeatable Squirrel Girl, de Ryan North, Erica Henderson, Derek Charm e companhia

Giant Days, de John Allison, Max Sarin e companhia

The Walking Dead, de Robert Kirkman, Charlie Adlard e companhia

Paper Girls, de Brian K. Vaughan, Cliff Chiang e companhia

 

Piores Esperei Tanto Pra Te Ler E Então Que Decepção

ou

Piores Cheguei Com Expectativa Demais

Lupus, de Frederik Peeters

The Hard Tomorrow, de Eleanor Davis (mas as últimas páginas são bonitas)

Le Chemisier, de Bastien Vivès

 

Melhores Não Sabia O Que Esperar, Que Grata Surpresa

Fante Bukowski vol. 3: A Perfect Failure, de Noah Van Sciver

My New York Marathon, de Sebastien Samson

Sara, de Garth Ennis, Steve Epting e companhia

Heimat, de Nora Krug (tradução do André Czarnobai)

Silvestre, de Wagner Willian

Jeanine, de Matthias Picard (tradução de Maria Clara Carneiro)

 

Melhor As Resenhas Me Convenceram Que É Bom

Luzes de Niterói, de Marcello Quintanilha

 

Pior Não Entendi o Hype

O homem sem talento, de Yoshiharu Tsuge (tradução de Esther Sumi)

 

Piores Tijolos Que Finalmente Encarei e Desceram Como Um Tijolo

As 340 páginas de Lone Sloane, de Druillet (tradução de Octavio Aragão)

As 640 páginas de Alec: The Years Have Pants, de Eddie Campbell. Estou sendo um pouco injusto, porque o trecho do meio – How to be an Artist – é uma obra-prima. Se considerar todo o tijolo, porém, é longo demais e repetitivo.

 

Melhores Nunca Tenho Tempo Pra Reler, Mas Queria Reler e Reli e Que Bom Que Eu Reli

Aurora nas sombras, de Fabien Vehlmann e Kerascoët (tradução de Maria Clara Carneiro)

Superman: American Alien, de Max Landis e companhia

Rusty Brown, de Chris Ware

A Canção de Roland, de Michel Rabagliati (tradução de Thiago Ferreira) – que me fez ler Paul Joins the Scouts e me deu vontade de ler outros do Rabagliati, mas ainda não cheguei lá.

 

Melhores Reli Por Motivos de Trabalho

Aquele verão, de Mariko Tamaki e Jillian Tamaki (tradução de Dandara Palankof) – reli para resenhar

Golias, de Tom Gauld (tradução de Hermano Freitas) – reli para resenhar

Moonshadow, de J.M. DeMatteis, Jon J. Muth e companhia – reli para traduzir

A Grande Odalisca e Olympia, de Bastien Vivès, Florence Ruppert e Jérôme Mulot – reli para traduzir

Aâma vol. 4, de Frederik Peeters – reli para traduzir

The League of Extraordinary Gentlemen: The Black Dossier, de Alan Moore, Kevin O’Neill e companhia. Reli para escrever sobre o Moore. Não lembrava do discurso do Prospero no final:

 

“We are the tales that soothed your infant brow,

The roles you wore for childhood’s alley-play (...)

When grown to grey responsibility,

Its disenchantments and diurnal toils,

Come each days’s disappointed end

Were we not all thy consolation, thy escape?”

 

Melhor Li e Reli No Mesmo Ano

Criminal: Bad Weekend, de Ed Brubaker, Sean Phillips e companhia

 

Melhores Escapismo Enquanto O Mundo Lá Fora Pega Fogo (Sendo Que Alguns São Sobre O Mundo Pegando Fogo E Por Isso Me (Nos?) Acalmam)

Malvados, de André Dahmer

Die! Die! Die!, de Robert Kirkman, Scott Gimple, Chris Burnham e companhia

Superman: Up in the Sky, de Tom King, Andy Kubert e companhia

Batman Annual n. 4, de Tom King, Jorge Fornés e companhia (vale qualquer Batman do Tom King)

The Furry Trap, de Josh Simmons

Assassin Nation, de Kyle Starks e Erica Henderson

I Am a Hero, de Kengo Hanazawa (tradução de Lídia Ivasa)

 

Melhor Releitura De Livro Que Não É HQ Mas Tem a Ver com HQ

The Amazing Adventures of Kavalier & Clay, de Michael Chabon. Meu trecho preferido:

“Halse foi questionado: caso soubesse que o navio transportava crianças, boa parte das quais não sabia nadar, ele teria dado continuidade ao ataque [que afundou o navio]? A resposta de Halse está preservada nos autos do processo sem comentários ou glosas quanto ao tom do capitão ter sido de ironia, resignação ou pesar.

‘Eles eram crianças’, ele disse. ‘Nós éramos lobos.’”

 

Pior Notícia do Ano

Tom Spurgeon morreu aos 50. Reli este texto dele sobre vida, o fim da vida, família e quadrinhos. Ainda vou traduzir.

 

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Érico Assis é tradutor e jornalista. Mora em Pelotas e contribui mensalmente com o blog com textos sobre histórias em quadrinhos. Foi editor convidado de O Fabuloso Quadrinho Brasileiro de 2015 (editora Narval). Traduziu para a Quadrinhos na Cia., entre outros, Garota-Ranho Minha coisa favorita é monstrohttp://ericoassis.com.br/

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